segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Em jogo de sete gols, Tricolor bate o Peixe, quebra tabu e sonha com G-3

Um clássico épico, digno das grandezas de São Paulo e Santos. Teve de tudo: sete gols, bola na trave, grandes defesas de Rogério Ceni e Rafael, expulsão. Os 23.791 torcedores que enfrentaram o frio e foram ao Morumbi não esquecerão os 90 minutos tão cedo. O empate seria o mais justo por tudo que os dois times fizeram. Mas o Tricolor, guerreiro e com um homem a menos, conseguiu aos 48 minutos do segundo tempo o gol da vitória por 4 a 3, para acabar com o incômodo jejum de vitórias sobre o rival em 2010 e mostrar que, sob comando de Carpegiani, está vivo na briga por vaga na Libertadores 2011.
Com o triunfo, o terceiro seguido, o Tricolor foi ao nono lugar, com 44 pontos, seis a menos que o Corinthians, que hoje é o último time do G-3. Já o Peixe, que tem 48, permanece na quarta colocação, seis pontos atrás do Cruzeiro e mais distante do sonho da tríplice coroa. As duas equipes voltarão a campo no próximo domingo. O Santos receberá a visita do lanterna Grêmio Prudente. O São Paulo irá até Fortaleza para encarar o Ceará.
Cinco gols em 20 minutos
Os minutos iniciais do primeiro tempo no Morumbi lembraram o futebol dos anos 60, quando os times preocupavam-se apenas em atacar. No São Paulo, Carpegiani entrou com os quatro homens ofensivos (Lucas, Fernandinho, Dagoberto e Ricardo Oliveira). Os três primeiros foram posicionados em linha, um aberto pela direita, outro pelo meio e o terceiro pela esquerda. O quarto ficava sozinho, um pouco mais à frente. Do lado santista, Marcelo Martelotte não deixou por menos e escalou três atacantes: Alan Patrick, Neymar e Zé Eduardo. E, logo que Sandro Meira Ricci apitou o início, começou o espetáculo.



Com três minutos, o Peixe abriu o marcador. Neymar, em bela jogada pela esquerda, lançou Zé Eduardo. O atacante invadiu a área e bateu cruzado. Rogério Ceni falhou e rebateu para o meio, nos pés de Alan Patrick, que só empurrou para a rede. A resposta tricolor foi imediata. Três minutos depois, após cobrança de escanteio pela esquerda, a bola sobrou na direita para Miranda, que fintou Danilo e cruzou para Ricardo Oliveira, que, de cabeça, ajeitou para Dagoberto empatar.
O jogo era alucinante. O São Paulo, quando tinha a bola, movimentava suas quatro peças ofensivas e levava a defesa do Peixe ao desespero. Só que os homens de frente não voltavam para compor a marcação como Carpegiani pedia. Com isso, havia um buraco entre os dois volantes (Rodrigo Souto e Carlinhos Paraíba) e o ataque. Nesse espaço, o meio-campo santista chegava fácil até a entrada da área tricolor.
Os torcedores mal tinham tempo para respirar, tamanha a volúpia das equipes. Aos 13 minutos, Zé Eduardo cabeceou no ângulo esquerdo de Rogério Ceni, que voou e mandou para escanteio. No ataque seguinte, o São Paulo desempatou. Fernandinho foi lançado por Richarlyson pela esquerda, avançou, tocou para Ricardo Oliveira, recebeu na frente, foi ao fundo e devolveu para o camisa 99, que, de pé esquerdo, cruzou na medida para Dagoberto balançar novamente a rede.
O Peixe ainda se recuperava do segundo golpe quando levou o terceiro, aos 19. Dagoberto foi lançado pela esquerda, cortou a marcação, invadiu a área, e Pará, na tentativa de desarmar o camisa 25, chutou para o próprio gol. Delírio no Morumbi, e 3 a 1 no marcador.

Santos reage e encurrala o Tricolor
Mas o Santos estava longe de estar batido. Logo na saída de bola, Pará recuperou-se do gol contra, foi ao ataque, driblou Alex Silva como quis e cruzou na medida para Zé Eduardo  empurrar para as redes: 3 a 2.
O tempo passava e a velocidade não diminuía. O Santos, mais equilibrado em campo, cresceu e foi com tudo em busca do empate. O desequilíbrio no meio-campo são-paulino permanecia, e os homens de frente do Peixe tinham o apoio constante de Arouca e Danilo. Aos 31, Durval cobrou falta da entrada da área, e Rogério Ceni fez um milagre para evitar o gol. O São Paulo perdeu a velocidade que tinha no contra-ataque.
O gol do Peixe parecia iminente. Neymar infernizava a vida de Jean pela direita, e Rodrigo Souto e Carlinhos Paraíba lutavam com três ou quatro adversários que chegavam pelo meio. Alex Silva e Miranda, em alguns lances, ficaram no mano a mano, mas conseguiram evitar o pior. Aos 45, o empate santista só não aconteceu porque Rogério Ceni, em mais uma grande defesa, evitou gol de Durval, após cruzamento da direita.
Carpegiani muda esquema e Tricolor fica com homem a menos
Percebendo que seu time tinha sérios problemas na marcação, Paulo César Carpegiani mexeu no intervalo. Sacou Lucas e colocou Renato Silva, que entrou para ficar fixo na lateral direita apenas para marcar Neymar. Jean passou a jogar como volante para ajudar Carlinhos Paraíba e Rodrigo Souto. Mesmo sem o ritmo alucinante da primeira etapa, os dois times seguiram buscando o ataque. Mas a alteração feita pelo técnico do Tricolor deixou o time mais equilibrado em campo.


Mas Richarlyson, aos 13, estragou tudo o que o treinador havia planejado ao acertar Zé Eduardo na lateral e ser expulso. Imediatamente, Marcelo Martelotte sacou o volante Roberto Brum e colocou o meia Felipe Anderson para dar mais força ofensiva ao seu time. E o Peixe rapidamente encurralou o São Paulo em seu campo. Fernandinho foi recuado para a lateral esquerda. Para dar mais força no apoio por esse setor, Maranhão entrou na vaga de Pará. Carpegiani respondeu com a entrada do lateral-esquerdo Diogo na vaga de Fernandinho.
Com um homem a mais, o Peixe chegou ao empate aos 26, em pênalti discutível de Alex Silva em cima de Neymar. Na cobrança, o atacante colocou no ângulo esquerdo de Rogério Ceni. O São Paulo respondeu logo depois, em lance em que Jean, sozinho na área e cara a cara com Rafael, chutou por cima do gol, perdendo um gol inacreditável.
Como o São Paulo precisava da vitória, Carpegiani tentou sua última cartada com a entrada de Marlos no lugar de Dagoberto. E o time teve uma nova chance para matar a partida. Aos 37, Jean perdeu outra chance. Sozinho diante de Rafael novamente, ele bateu no canto esquerdo do goleiro santista, que desviou com a mão direita e viu a bola bater na sua trave esquerda antes de a zaga do Peixe afastar.
A emoção seguiu até o fim. O Peixe teve uma chance de ouro com Danilo, que recebeu na área e bateu no ângulo de Rogério Ceni. O goleiro voou e mandou para escanteio










No último lance da partida, Marlos desceu pela direita e cruzou na medida para Ricardo Oliveira, que testou firme, no canto esquerdo de Rafael, que espalmou. Na sobra, Jean desta vez não bobeou e empurrou para a rede para garantir a incrível vitória do São Paulo.

São Paulo 4 x 3 Santos | 17/10/2010 | Campeonato Brasileiro 2010 | 2º Tu...

domingo, 17 de outubro de 2010

SANTÁSTICO No Fantástico Os Bastidores da Copa do Brasil 08/08/2010

Fantastico 02/05/2010 - Os bastidores do título do Santos Paulista 2010 ...

Fantastico 02/05/2010 - Os bastidores do título do Santos Paulista 2010 ...

Neymar presenteia Patricia Poeta com a camisa 11 do Santos

O craque do Santos Neymar ficou badalado pela excelência de seu futebol, mas recentemente seu nome ficou mais falado pela imprensa por conta de uma polêmica com o técnico Dorival Júnior.

Sempre alvo de críticas e elogios, o menino da Vila foi entrevistado pela apresentadora Patricia Poeta. Ele falou sobre carreira, admitiu que andou nervoso em campo e sobre arrependimento. A entrevista completa você assiste neste domingo, no Fantástico!

A apresentadora ainda ganhou um presente do jogador. Uma camisa com o número 11 que Neymar joga, mas com o nome 'Patricia Poeta' escrito

Pesquisa aponta santista Neymar como jogador mais querido do Brasil


Depois de ouvir a resposta para a pergunta “Qual o jogador de futebol em atividade que o torcedor mais gosta?” feita a 8.198 pessoas pelo país, a revelação do Santos ficou com 12,76% da preferência nacional, ficando à frente de nomes consagrados, como Kaká (12,48%), Robinho (11,20%) e Ronaldinho Gaúcho (8,60%).
“As opiniões foram colhidas um pouco antes da confusão de Neymar com o técnico Dorival Júnior. Mas não acreditamos que isso pudesse ter alguma influência relevante nos números”, afirmou o sócio-diretor da Sport-Markt, César Gualdani.
Além de ser o jogador mais querido do Brasil, a pesquisa também mostra um fato curioso. Neymar tem grande aceitação mesmo dentre os torcedores de outros clubes, incluindo os arquirrivais santistas.
Dentre os corintianos, ele é o segundo mais querido, atrás apenas de Ronaldo. Com os palmeirenses também é o vice-líder, perdendo para o goleiro Marcos. Já com os são-paulinos, é o terceiro colocado, ficando atrás de Rogério Ceni e Kaká. Nem com os santistas Neymar é unanimidade: perde o primeiro lugar para Robinho.
Curiosamente, é com torcedores os grandes do Rio de Janeiro que o santista faz mais sucesso. Ele é o mais querido dentre botafoguenses, flamenguistas e vascaínos. Só com a torcida do Fluminense Neymar não é tão querido, ficando atrás de Conca, Fred, Ronaldinho Gaúcho e Kaká.
 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Peças-chave: Neymar e Zé Love, os mais participativos em gols do Peixe

Um dos ataques mais positivos do Brasileirão é o do Santos, com 48 gols, um a menos do que o Fluminense, e, não por acaso, dois jogadores de frente são os que mais se destacam na participação das jogadas decisivas da equipe alvinegra. Somados, Neymar e Zé Eduardo colaboraram em 64,5% dos lances que terminaram nas redes adversárias. O segundo, por sinal, deu a sua primeira assistência na competição, na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, nesta quarta-feira, justamente para o camisa 11

- Acho que é sempre importante pensar na equipe, estou em boa fase e podendo ajudar o time. O importante é não só fazer gols, mas também participar das jogadas. Fico feliz de estar ajudando também dessa forma - afirmou Zé Eduardo.

Neymar participou exatamente da metade dos gols santistas no campeonato, marcando nove vezes, distribuindo cinco assistências e colaborando em mais dez jogadas. Numa delas, da importante vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense, no Engenhão, pela 28ª rodada, o atacante invadiu a área e acertou a trave duas vezes, mas, no rebote, Zé Love não desperdiçou a oportunidade de abrir o placar


O técnico Marcelo Martelotte está gostando da sua dupla de frente e acha que Neymar vem crescendo graças a essa parceria.

- A entrada do Zé mudou um pouco a característica do nosso time. Com a lesão do Marcel, você passa a não ter um jogador fixo na área, mas passa a ter um jogador de mais mobilidade lá na frente. Talvez isso tenha sido bom para o Neymar, já que ele busca um parceiro com essa característica de sair mais para tocar a bola. Isso foi positivo nos últimos jogos - analisou o treinador.

A participação de Zé Eduardo é impressionante para um jogador que há algumas rodadas era reserva: 27%. O atleta alvinegro já fez oito gols, deu a sua única assistência na quarta-feira passada e ainda colaborou em mais quatro lances, sofrendo, inclusive, um pênalti no primeiro gol da vitória diante do Grêmio, por 2 a 1, pela 16ª rodada, convertido por Neymar.
- Tenho uma amizade com o Neymar fora de campo, a gente conversa bastante. Não sou um jogador de área, estou me adaptando a essa função com a lesão do Marcel, pela carência de jogadores. É importante o ataque ter jogadores rápidos, acho que facilita a tabela lá na frente. Eu e o Neymar estamos nos entendendo bem - garantiu Zé.
Outro atacante e o curinga do time ocupam a terceira posição no elenco em termos de participação nos gols. Marcel e Danilo, que já exerceu as mais variadas funções em campo, colaboraram em 23% das jogadas decisivas, sendo que o primeiro colocou sete bolas na rede e o outro três. Marquinhos (21%) e Madson (19%) também são bastante ativos no momento de definir uma partida. Já Paulo Henrique Ganso tinha uma colaboração de 30% antes de se lesionar e perder o restante do Brasileiro.


CONFIRA A LISTA COMPLETA DO SANTOS NO CAMPEONATO BRASILEIRO
Jogador Envolvimento em ações de gol Percentual
Neymar 24 participações 50%
Zé Eduardo 13 participações 27%
Marcel e Danilo 11 participações 23%
Marquinhos 10 participações 21%
Madson 9 participações 19%
Paulo Henrique Ganso 7 participações 14,5%
Alex Sandro, Léo e Maranhão 6 participações 12,5%
Durval, Alan Patrick e André 5 participações 10%
Edu Dracena 4 participações 8%
Arouca, Zezinho, Roberto Brum e Wesley 3 participações 6%

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Santos vence, supera Inter na tabela e encosta na briga pelo título brasileiro

No confronto entre dois adversários diretos na caça aos primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, o Santos mostrou nesta quarta-feira que está mais vivo que o Internacional na briga pelo título. Em um jogo ruim no primeiro tempo e cheio de emoção no segundo, o Peixe foi mais eficiente e venceu o Colorado por 1 a 0, na Vila Belmiro. Neymar, na etapa inicial, marcou o gol que deixou o time paulista à frente dos gaúchos na classificação. O duelo atrasado foi válido pela 13ª rodada, ainda pelo primeiro turno.
Com o triunfo, o terceiro consecutivo, o Santos pula para a quarta colocação, com 48 pontos, e volta a sonhar com a conquista da Tríplice Coroa (os títulos do Paulistão, Copa do Brasil e Brasileirão). O Peixe está agora seis pontos abaixo do líder Cruzeiro, quatro do Fluminense e somente um do rival Corinthians.

Já o Internacional perde boa oportunidade de encostar nos líderes, mas segue com chances de fechar a temporada com o caneco nacional. O Colorado cai agora para o quinto lugar, com 47 pontos, e tenta controlar a ansiedade pela disputa do Mundial Interclubes no fim do ano.
Na próxima rodada, Santos e Inter vão para jogos decisivos. O Peixe faz o clássico contra o São Paulo, domingo, às 18h30m, no Morumbi, em São Paulo. Sábado, no mesmo horário, o Colorado pega o Flamengo, no Engenhão, no Rio de Janeiro.


Em jogo ruim, Neymar resolve Qualquer desavisado que chegasse à Vila Belmiro nesta quarta-feira jamais poderia imaginar que Santos e Internacional brigam pelas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro. Precisando da vitória para seguirem vivos na briga pelo título, Peixe e Colorado fizeram um primeiro tempo de pouca produtividade.
Jogando em casa, coube ao Santos procurar mais o ataque. Nada, porém, que assustasse Renan. O ferrolho montado por Celso Roth acabou com a habitual velocidade do sistema ofensivo do Alvinegro. Neymar e Léo, nas costas de Nei pela esquerda, eram as melhores opções, mas Zé Eduardo, centralizado, quase não apareceu entre Índio e Bolívar.
Enquanto Renan pouco trabalhava, Rafael praticamente não tocou na bola. O Inter foi inofensivo na frente. Roth priorizou a defesa, segurou os laterais no campo defensivo e isolou Edu e Ilan no ataque, facilitando o trabalho de Edu Dracena e Durval.
O Santos teve uma leve melhora quando passou a trocar posições no ataque. Zé Eduardo caiu pelo lado direito, Neymar se movimentou mais, e a defesa colorada abriu. O gol veio aos 26 em bobeada de um ex-santista. Kleber errou na saída de bola, Neymar recebeu de Danilo, tabelou com Zé Love na área e tocou rasteiro, no canto direito de Renan.
A desvantagem fez o Internacional acordar. Celso Roth liberou os laterais para avançarem. Kleber, aos 43, quase se redimiu ao invadir a área e chutar forte para Rafael pegar. Com mais espaço, o Santos também chegou, mas não marcou. Neymar, em duas boas jogadas, foi o mais perigoso dos alvinegros.



Chances perdidas no segundo tempo
Na volta do intervalo, o Inter reapareceu mais ofensivo diante de um Santos mais cauteloso e à espera de espaços. Tinga entrou no lugar de Derley e deu mais qualidade à ligação do meio de campo com o ataque. Minutos depois, Roth aumentou o poder ofensivo com a entrada do centroavante Guto no lugar do armador Marquinhos.
Não deu tão certo quanto imaginou o treinador. A defesa santista não deu espaço, e o meio de campo conseguiu controlar o jogo. Neymar, aos 18, assustou em cobrança de falta que Renan defendeu em dois tempos. Em seguida, Tinga mandou por cima uma boa oportunidade de dentro da área alvinegra.

 Aos 24 minutos, um susto. O lateral-esquerdo Léo dividiu uma bola pelo alto com um jogador do Internacional e caiu no gramado, com muitas dores na região do pescoço e sem se mexer. Prontamente atendido, ele deixou o gramado, mas não preocupa os médicos.
Com o passar do tempo, o Inter cresceu. Aos 28, Edu quase empatou ao cabecear após escanteio. Alex Sandro tirou quando a bola rumava para o gol. Em seguida, Andrezinho pegou de primeira na entrada da área, e Rafael fez linda defesa. O Santos também teve boas chances no fim. Neymar, duas vezes, e Zé Eduardo saíram cara a cara com Renan, mas desperdiçaram. Sorte deles que não fizeram falta.

domingo, 10 de outubro de 2010

Fora da Copa, Neymar, Hernanes e Pato ganham elogios de Dunga

Dunga deixou Neymar, Hernanes e Alexandre Pato fora da última Copa do Mundo, mas rendeu-se ao talento dos três jogadores. Em entrevista ao jornal italiano "La Gazzetta dello Sport", o ex-técnico da Seleção Brasileira disse que o Juventus fará um bom negócio se contratar o santista, afirmou que o atacante do Milan é "como uma Ferrari" e que o ex-são-paulino já se tornou protagonista do Lazio nesta temporada.
Sem emprego desde a saída da Seleção após o Mundial, Dunga revelou que espera um "projeto ambicioso" para retomar a carreira. Questionado sobre o interesse do Juventus em Neymar, o capitão do tetra elogiou o jovem, mas pediu calma sobre as comparações com Pelé, por exemplo.
- Seria um bom negócio. Ele tem o dom de driblar em velocidade e tem todas as qualidades para se tornar uma estrela. Já o compararam a Pelé, mas não podemos exagerar. O Juventus é um time importante, sabe lidar com talentos. Neymar é muito jovem, mas já estreou pela Seleção - disse.
Em seguida, Dunga foi perguntado sobre Pato. Apesar de não ter levado o atacante do Milan para a Copa, o ex-treinador da Seleção colocou o ex-colorado como um dos melhores do mundo na posição e afirmou que o Milan precisa de sua explosão para se tornar um grande time:
- Ele é um fenômeno. Mas é poderoso e delicado como uma Ferrari. Pato tem que cuidar dos seus músculos preciosos.
Sobre Hernanes, Dunga lembrou que levou o meia para as Olimpíadas de 2008 e evitou comparações com Kaká. Para o capitão do tetra, o craque do Lazio tem estilo parecido ao de Pirlo, do Milan.
- Hernanes já se tornou um protagonista. Eu sempre acreditei no seu talento, por isso o convoquei para as Olimpíadas. Li que é considerado um novo Kaká, mas para mim ele tem potencial para se tornar um jogador de equipe como Pirlo.

Após polêmica, Neymar deixa pênalti para companheiro: 'Pode ir, Zé'

Quem diria! Neymar, que surtou quando o técnico Dorival Júnior não lhe deixou cobrar pênalti contra o Atlético-GO, no dia 15 de setembro, foi generoso neste sábado, na vitória santista por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, na Vila Belmiro, pela 29ª rodada do Brasileirão. Ele foi derrubado na área pelo lateral-esquerdo Paulinho, do Furacão, e deu a bola para Zé Eduardo bater. Foi a primeira penalidade do Peixe desde a confusão.
 Eu perguntei se ele iria bater. Ele disse: ‘Não, Zé. Pode ir você’. Fui feliz na cobrança e fiz mais um gol – afirmou o atacante, que marcou seu oitavo goltento no Brasileirão, igualando-se ao parceiro de ataque na artilharia do time na competição.
Quando Dorival, hoje do Atlético-MG, não lhe deixou executar a cobrança de pênalti, Neymar explodiu, xingou o técnico e provocou uma grave crise, que, no fim, acabou culminando com a demissão do próprio treinador, que se desentendeu com a diretoria porque queria uma punição mais severa ao camisa 11.
Marcelo Martelotte, que assumiu o comando da equipe no lugar de Dorival, afirma que a estrela santista tinha autorização para bater o pênalti contra o Furacão e questionou o jogador após a partida. Perguntou porque ele abriu mão:
- Ele me disse que deixou para um companheiro que está num bom momento. Isso mostra que o amadurecimento de Neymar - elogiou o interino.

Embalado, Peixe deixa Furacão para trás e segue sonhando com o título

O Atlético-PR não conseguiu brecar o embalo do Santos. Após atropelar o líder Fluminense na última quarta-feira, vencendo por 3 a 0, no Rio, o Peixe bateu mais um concorrente direto na briga pelo título do Brasileirão. Fez 2 a 0 no Furacão, neste sábado à noite, na Vila Belmiro, pela 29ª rodada da competição, e manteve vivo o sonho da Tríplice Coroa . A diferença para o time carioca caiu momentaneamente para sete pontos (52 a 45). O time santista, que subiu para o quarto lugar, tem um jogo a mais para cumprir que o rival das Laranjeiras. Já o Atlético cai para o sexto, com 43.

Os dois times entraram em campo sonhando encostar nos ponteiros do Brasileirão, mas tiveram dificuldades para criar jogadas. O Santos dependia de algum lampejo de Neymar, que até criou jogadas interessantes, como no lance em que tabelou com Alex Sandro, recebeu na frente, passou no meio de dois zagueiros com rapidez estonteante e chutou. João Carlos defendeu com o pé esquerdo, aos 27 minutos. O problema do Peixe é que os outros jogadores não acompanhavam o camisa 11. Alan Patrick não acertou nenhum passe na primeira etapa. Zé Eduardo ficou mais preocupado em reclamar da arbitragem do que em jogar futebol. Ele deixou o gramado, no intervalo, reclamando que foi derrubado por Paulinho na área aos dez minutos de jogo. O juiz ignorou.
Pelo lado do Furacão, jogadas de perigo só quando Branquinho aparecia. O meia, muito liso, conseguiu levar vantagem sobre a marcação na maioria dos lances. Só que, assim como Neymar, Branquinho não tinha com quem jogar. Ivan Gonzalez não conseguia concluir as jogadas e Nieto apresentava sérios problemas de relacionamento com a bola. Nem as jogadas de falta, que costumam ser armas importantes, sempre com as batidas precisas de Paulo Bayer, saíram com correção. Dessa forma, restou a Branquinho tentar resolver sozinho, principalmente em chutes de fora, como aos 26 minutos, quando ele quase surpreendeu o goleiro Rafael.

O Santos começou melhor o segundo tempo. Teve mais a posse, cercou o Atlético-PR, mas começou a bater no paredão rubro-negro. A equipe paranaense se segurava bem lá atrás, brecando as investidas santistas. Aos 16 minutos, o técnico do Peixe, Marcelo Martelotte, resolveu mexer na equipe. Ele já havia tirado Danilo no primeiro tempo, por problema médico. Agora, era uma questão tática. Maranhão entrou no lugar de Pará. A esperança do treinador era tornar as saídas pelo lado direito mais velozes, uma tentativa de surpreender a boa defesa adversária. O que talvez Martelotte não esperasse era que a mudança desse resultado tão rápido.


Em seu primeiro lance, aos 17, Maranhão arrancou pela direita, tabelou com Neymar, recebeu na frente e chutou cruzado, abrindo o placar. A bola ainda bateu na trave antes de morrer na rede. O gol deixou o Atlético atordoado. Quando ainda tentava entender o que estava acontecendo, o Furacão levou o segundo, aos 20. Neymar recebeu de Maranhão e partiu em velocidade pela direita. O camisa 11 invadiu a área e foi derrubado por Paulinho. Pênalti, que Zé Eduardo bateu e converteu.
Após levar o segundo gol, o Atlético parou. Não chegou mais perto do gol do Santos, que passou a gastar o tempo, segurando o resultado.
O Santos volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenterá o Internacional, mais um confronto direto, às 22h, na Vila Belmiro. Trata-se de um jogo atrasado da 13ª rodada, adiado a pedido do Colorado. Já o Furacão, pela 30ª rodada, recebe o Goiás, sábado, às 18h30m, na Arena

sábado, 9 de outubro de 2010

Neymar e Ganso doam camisa para ajudar crianças com câncer

A camisa 100 usada por Neymar no clássico entre Santos e Palmeiras, sábado passado, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão, foi doada nesta sexta-feira ao Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC). Além do atacante, o meia Paulo Henrique Ganso também participou da cerimônia. A dupla santista utilizou uma camiseta da campanha "Sou Fã de Criança". No clássico, várias faixas com essa frase foram espalhadas no estádio santista. A peça será leiloada e o dinheiro destinado ao combate ao câncer infantil.

sábado, 2 de outubro de 2010

Santos e Palmeiras lutam até o fim, mas clássico termina empatado: 1 a 1


Apesar do jogo bastante movimentado e com muitas chances de gol, Santos e Palmeiras ficaram apenas em um empate em 1 a 1 neste sábado, na Vila Belmiro. Com o resultado, as duas equipes seguem com campanhas semelhantes no Campeonato Brasileiro: ambos têm 39 pontos. Os santistas estão em sétimo e os palmeirenses na nona posição.
O Peixe, que vinha de derrota para o Vasco, não conseguiu sua reabilitação, e o Palmeiras, que havia vencido os últimos três jogos, não fez a quadra. Os gols do duelo deste sábado foram marcados por Kleber e Alan Patrick.
O atacante Neymar, que completou 100 jogos pelo Peixe no jogo contra o Vasco, na última rodada, entrou em campo neste sábado com uma camisa comemorativa com este número. Ele também recebeu das mãos do presidente Luis Álvaro uma placa.
Eficiente, Palmeiras sai na frente com o Gladiador
As equipes iniciaram a partida em alta velocidade, com muita luta e postura ofensiva. Com mais posse de bola e presença no campo adversário, o Peixe logo tomou a iniciativa do jogo. Na maioria das vezes pelo lado esquerdo, onde normalmente encontra Neymar, o time da Vila começou a ameaçar. A primeira boa oportunidade aconteceu aos sete minutos, quando Léo recebeu livre dentro da área e bateu cruzado. O chute foi para fora.

Neymar deu seu cartão de boas vindas para o Palmeiras aos 12 minutos. Na base do drible, o atacante levou até a linha de funda pela direita e chutou cruzado. A bola passou à frente de Marcel, que, com o gol aberto, não chegou em tempo de empurrar para a rede. Se o Peixe era mais presente, o Verdão sua eficiência.
Aos vinte minutos, Márcio Araújo encontrou Valdivia dentro da área. O meia girou e tocou para Kleber, que, com a perna esquerda, acertou o ângulo direito do goleiro Rafael: 1 a 0. Foi a primeira boa trama ofensiva do time do Palestra, que atuava apenas com o Gladiador isolado na frente. Atrás no placar, só restou ao Santos se lançar ao ataque para tentar igualar o marcador.
E o Peixe chegou perto novamente do gol aos 26 minutos. Alan Patrick, que havia entrado no lugar do machucado Marquinhos, arriscou de fora da área e acertou o canto esquerdo de Deola, que se esticou e fez ótima defesa. Se estava complicado furar o bloqueio verde, Neymar, aos 38 minutos, tentou resolver em jogada individual e, após se chocar com um marcador dentro da área, se jogou dentro da área para tentar um pênalti. O árbitro, apesar de muito longe do lance, acertou ao mandar o lance seguir.
Após a tentativa de pressão, o Santos ainda levou um grande susto antes de ir para o intervalo. Aos 45 minutos, Vitor mandou um míssil de longe e acertou o travessão de Rafael, que voou mas não encontrou a bola.
Santos
Santos
1 x 1
Palmeiras
Palmeiras





A insistência do Santos, que voltou do vestiário com Zé Eduardo no lugar de Pará, foi premiada logo no início da segunda etapa. Aos seis minutos, Neymar deu um drible desconcertante na ponta direita e cruzou para a área, mas a zaga conseguiu o corte. No lance seguinte, Alan Patrick recebeu dentro da área pela esquerda, driblou dois marcadores e finalizou. A bola desviou no pé de Danilo e matou o goleiro Deola: 1 a 1.
Empolgado com o bom momento, o Santos tentou uma pressão em busca da virada. Mas em uma de suas principais armas, o Palmeiras assustou novamente. Aos 15 minutos, Marcos Assunção cobrou uma falta de longe, e Rafael defendeu com dificuldade. Com o jogo mais aberto, logo depois o Peixe chegou bem novamente, quando Neymar cobrou falta na cabeça de Dracena e o zagueiro desviou rente ao travessão verde.
A partida caiu um pouco de ritmo, e as boas chances de gol começaram a ficar mais raras. Em uma delas, aos 38 minutos, Neymar fez boa jogada individual e, da entrada da área, chutou colocado de perna esquerda. Deola pulou e defendeu sem dar rebote. Apesar de o Peixe ter tentado até o fim, a partida terminou mesmo no empate. No Palmeiras, o chileno Valdivia foi substituído por Lincoln já no fim, aos 41 minutos, e saiu com cara de poucos amigos, sem cumprimentar o técnico Felipão.
Na próxima quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão, o Santos encara o líder Fluminense. Na quinta, às 21h, o Palmeiras recebe o Avaí no Pacaembu.




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Peixe prepara um novo Neymar, com aulas de inglês, fono, media training...

O Santos está assumindo o gerenciamento da carreira do atacante Neymar. O clube vai tomar o controle da situação para recuperar e preservar a imagem do garoto, que andou abalada após seguidos episódios polêmicos: briga pública com o técnico Dorival Júnior, discussões com adversários. Durante o mês passado, o garoto esteve no centro do noticiário mais por causa de seu comportamento do que pelo futebol que joga. Perdeu até vaga na Seleção Brasileira. Por isso, o Peixe agora tenta reconstruir o ídolo.

Neymar será orientado por um psicólogo contratado pelo clube, que irá ajudá-lo a lidar com a pressão de ser uma estrela com apenas 18 anos. Além disso, fará tratamento de fonoaudiologia para se expressar melhor. O Santos também está contratando uma empresa especializada em media training, que irá ensinar o jogador a se comportar diante da mídia, algo bastante comum no mundo empresarial, mas que ainda é relativamente novo no futebol. A ideia é tornar o garoto mais solto em entrevistas, respondendo mais claramente às perguntas, fugindo de polêmicas e de divididas com repórteres.

Depois da confusão que culminou com a demissão de Dorival Júnior, Neymar não atendeu mais à imprensa. Ele só voltará a falar após o treinamento. Em suas últimas coletivas, o craque chegou a se desentender com alguns repórteres.

O Santos também já destacou um funcionário para acompanhar o jogador em eventos, que também serão selecionados. A ideia dos dirigentes do Peixe é ter sempre alguém do clube ao lado do jogador, ajudando a orientá-lo.

O argumento é simples: Neymar é astro do Santos e tudo o que o envolve está relacionado à instituição. Cuidar da imagem do craque é também preservar a marca Santos Futebol Clube, de acordo com dirigente alvinegro ouvido pelo GLOBOESPORTE.COM. O foco é preparar o jogador para se comportar bem tanto dentro, quanto fora de campo, já que, hoje em dia, atletas dão retorno não só jogando futebol, mas também participando de diversas ações de marketing e sociais.

O plano também se estenderá a Paulo Henrique Ganso, outra estrela da equipe santista. Posteriormente, a ideia é que o clube passe a gerenciar as carreiras de todos os seus jogadores. É uma maneira de tentar diminuir o poder de empresários.
Na próxima semana, a diretoria alvinegra irá divulgar oficialmente o projeto.