segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Para Ney Franco, o 'boa praça' Neymar é apenas mais um no grupo

Neymar corre no campo da Granja Comary

Na entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira, na Granja Comary, o técnico Ney Franco foi só elogios a Neymar. O treinador da Seleção Brasileira sub-20 ressaltou, no entanto, que o jogador é mais um no grupo de 25 atletas que vem se preparando para o Campeonato Sul-Americano da categoria, e que ele sabe da sua importância para o elenco.
- O Neymar é muito querido pelos jogadores, que o respeitam por ele ser uma realidade no futebol, e por já ter conquistado títulos importantes apesar da pouca idade. Mas ele está aqui para trabalhar como os outros, porque ninguém chega a disputar uma Olimpíada sem passar pelo Pré-Olímpico. O Neymar veio para cá com o propósito de usar a sua qualidade em favor do grupo. Todos aqui são tratados como profissionais, e têm toda a estrutura para treinar, se alimentar e atender à imprensa, logo precisam trabalhar pensando no bem de todos - explicou.
Ney Franco revelou que a palestra que precedeu o treino desta manhã abordou exatamente a necessidade do trabalho, e não só da qualidade técnica.
- A nossa palestra antes do treino foi exatamente sobre a necessidade de se ter algo além da qualidade técnica para obter sucesso em uma competição. Aqui todos são bons, grandes jogadores, e foram chamados para realizar um trabalho com um objetivo definido. Tivemos carta branca da CBF para convocar os melhores desta categoria, e fizemos essa convocação com a certeza de termos aqui os melhores - disse o treinador.

Sobre os seis cortes que terá que fazer, Ney Franco revelou que a previsão é que aconteçam dia 30, mas disse que poderá adiar um pouco a data final, em função do regulamento do Sul-Americano.
- A princípio, dia 30 é a data de revelarmos os atletas que serão cortados, mas recebemos um comunicado da Conmebol que adiou para o dia 6 de janeiro a data-limite para a inscrição dos atletas no Sul-Americano. Hoje vamos nos reunir com a comissão técnica e avaliar se faremos os cortes de uma vez, ou se faremos dois cortes com três atletas cada - revelou.
Perguntado se os jogadores sentem a tensão pela possibilidade de serem cortados e ficarem fora do grupo, o treinador disse que, até o momento, não sentiu nada de diferente no ambiente dos atletas.
- Até o momento não vi nada nesse sentido. Mas é claro que haverá tensão e frustração. É normal que isso aconteça. Mas esses jogadores vivem a realidade do corte desde os 12 ou 13 anos de idade, quando passam por peneiras, ou quando atingem idades de categorias superiores.Quem for cortado ficará triste, mas sabe que não é o fim da carreira de ninguém. O que eu estou percebendo é uma disputa por vagas no time, o que é muito bom para a equipe. No mais, trabalho normal. Todos estão muito motivados - finalizou o treinador - finalizou.

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